Rejeição
a transplantes: ainda durante a fase embrionária, o sistema imunológico aprende
a reconhecer as substâncias que compõem o corpo do indivíduo, de modo a poder,
mais tarde, distingui-las de quaisquer outras substâncias estranhas que venham
a penetrar no organismo.
As proteínas do MHC são as principais responsáveis pelas
complicações ocorridas em enxertos e transplantes de órgãos entre pessoas. Os linfócitos T matadores reconhecem as proteínas do MHC das células do doador
como antígenos e passam a atacar e “rejeitar” o enxerto ou órgão transplantado.
A reação de rejeição é geralmente resultado do ataque movido pelos linfócitos T
citotóxicos do receptor às células transplantadas.
Os
médicos procuram atenuar os problemas de rejeição realizando transplantes entre
pessoas com o maior grau de semelhança possível com relação às proteínas do
MHC, mas uma identidade perfeita só existe mesmo, como já dissemos, entre
gêmeos idênticos. Após o transplante o paciente é tratado com drogas que deprimem o sistema imunitário, o que tem a desvantagem de tornar o organismo
mais susceptível a infecções.
O
sucesso no transplante de órgãos deveria estimular as pessoas a doarem seus
órgãos em caso de morte acidental. Essa atitude altruísta pode contribuir para
salvar a vida ou diminuir o sofrimento de muitas pessoas.
Auto-imunidade:
em certas situações, não se sabe ainda o porquê, uma pessoa passa a produzir
anticorpos contra componentes de seu próprio corpo. Esses anticorpos são
chamados de auto-anticorpos e o processo de sua produção é chamado de auto-imunidade.
A
auto-imunidade é a causa de diversas doenças humanas, das quais a mais
conhecida é o lupus eritematoso sistêmico. As pessoas afetadas por lupus eritematoso, geralmente mulheres a partir da meia-idade, apresentam problemas
de pele, inflamação das juntas (artrite) e, muitas vezes, sérias complicações
renais.
Outras
doenças provavelmente causadas por auto-imunidade são a febre reumática, a
artrite reumatoide e o diabete juvenil.
A
reação alérgica pode variar de pessoa para pessoa, dependendo do tipo de
alergênio que a provoca. Podem ser inflamação das mucosas, lacrimejamento dos
olhos, secreção nasal, vômitos, diarreias, dificuldades de respiração.
Os
sintomas das alergias são decorrentes de processos inflamatórios em regiões
específicas do corpo. Drogas que inibem a ação da histamina, os chamados anti-histamínicos, aliviam os sintomas da alergia.
Choque
anafilático: pode ocorrer quando uma pessoa desenvolve alta sensibilidade
alérgica a uma substância específica, como a penicilina ou o veneno de um
inseto.
Poucos minutos após a substância alergênica ter penetrado no corpo, há
uma reação alérgica generalizada: mastócitos liberam histamina, que entra na
circulação sanguínea e provoca dilatação abrupta dos vasos periféricos, com
queda da pressão arterial. O choque anafilático pode ser tratado pela injeção
de epinefrina, uma droga vasoconstritora.
Estresse
e imunidade: o esgotamento físico ou mental (o estresse) deprime o sistema
imunológico. Pessoas tristes e deprimidas têm, comprovadamente, diminuição de
sua atividade imunitária. Por outro lado, quando estamos felizes e descansados,
nosso sistema de defesa torna-se mais ativo.
Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia
dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia
dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 1ª edição, 1999.
Fonte: NAPOLEÃO & ODAIR. Seres
vivos: funções e relações. São Paulo: Editora IBEP.