sábado, 6 de abril de 2013

Doenças e distúrbios do sistema digestório


Cáries: Certas bactérias que vivem na boca humana alimentam-se dos restos de comida que ficam entre os dentes. Na presença de açúcar, essas bactérias multiplicam-se rapidamente, aderindo aos dentes e formando as chamadas placas bacterianas. As bactérias das placas produzem ácidos que corroem o esmalte dental, causando cáries.

Infecções intestinais: Os alimentos e a água que ingerimos podem estar contaminados com vírus, bactérias ou protozoários patogênicos. Apesar de a saliva conter substâncias bactericidas e de o suco gástrico destruir a maior parte dos microrganismos ingeridos, alguns deles podem sobreviver e se multiplicar no sistema digestório, originando infecções intestinais.

Vômito: Quando comemos ou bebemos demais, ou quando a comida está deteriorada, nosso sistema nervoso desencadeia uma operação de emergência que é o vômito. Contrações violentas da musculatura abdominal e do estômago fazem o conteúdo estomacal subir pelo esôfago e sair pela boca. O gosto ácido, característico do vômito, deve-se ao suco gástrico que está misturado com o alimento.

Diarreia: É caracterizada por defecações frequentes, provocadas pelo aumento dos movimentos peristálticos intestinais.  Ocorre pela ingestão de alimento deteriorado, nervosismo ou alergia a certos tipos de substâncias alimentares. Apesar de ser um processo de defesa do corpo, a diarreia leva à perda de água e sais minerais, com consequente desidratação.

Prisão de ventre ou constipação intestinal: Os movimentos peristálticos ficam diminuídos. O trânsito intestinal mais lento leva a um ressecamento progressivo da massa fecal, dificultando a defecação. A causa mais frequente desse distúrbio é a alimentação inadequada, com poucas fibras vegetais.

Úlceras pépticas: Podem ser decorrentes da produção excessiva de ácido clorídrico pelo estômago, o que é comum em pessoas emocionalmente estressadas. Pode acontecer por uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de medicamentos, como o ácido acetilsalicílico.

A bactéria Helicobacter pylori também pode ocasionar a úlcera. Ocorrem principalmente no duodeno, no estômago e, eventualmente, na porção inferior do esôfago.

A úlcera pode perfurar a parede do tubo digestório e levar à morte. Pode ser tratada com medicamentos que diminuem a acidez estomacal e facilitam a cicatrização. No caso de áreas ulceradas muito extensas, pode ser necessária a remoção cirúrgica da parte lesada.

Apendicite: Restos de alimentos e bactérias podem ficar retidos na cavidade interna do apêndice vermiforme, levando à sua inflamação. Provoca dores abdominais intensas. O apêndice pode eventualmente se romper e causar peritonite. O tratamento da apendicite é feito pela remoção cirúrgica do apêndice inflamado.

Câncer intestinal: O câncer do intestino grosso é um dos mais comuns dos países industrializados. Tudo indica que seja pela dieta pobre em fibras e ricas em aditivos alimentares industrializados. A falta de fibras determina um peristaltismo mais lento, levando a mucosa intestinal a permanecer mais tempo em contato com eventuais substâncias cancerígenas presentes nos alimentos.

Pancreatite: Em situações anormais, o pâncreas retém suco pancreático, cujas enzimas podem causar lesões e uma inflamação, muitas vezes fatal. Uma das principais causas de pancreatite é o alcoolismo.

Cálculos vesiculares: Um dos constituintes da bile é o colesterol, substância insolúvel em água, mas que, combinada aos sais biliares, forma pequenos agregados solúveis. Em certas condições, o colesterol pode tornar-se insolúvel, formando pequenos grãos no interior da vesícula biliar, os cálculos vesiculares ou cálculos biliares, popularmente conhecidos como pedras na vesícula.

As pedras podem ser removidas cirurgicamente, e, em alguns casos há a necessidade de remoção de toda a vesícula biliar.

A concentração de colesterol na bile depende da quantidade de lipídios na dieta. Por isso, pessoas que se alimentam de comida muito gordurosa têm maior risco de desenvolver cálculos na vesícula biliar.

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.

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