quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Os transportes e os combustíveis

Quando se inventou a roda, a ideia era facilitar o transporte de cargas grandes e pesadas. O deslizar das rodas reduz o trabalho que o homem teria para transportar essas cargas. 

A invenção da roda, de tão importante, ficou em primeiro lugar no ranking das 100 maiores invenções da história.

O combustível usado na época da invenção das rodas provinha do próprio trabalho humano, cuja energia era gerada a partir do alimento que consumia (caça e/ou vegetais). Ainda tentando facilitar a sua vida, o homem começa a usar animais para puxar as cargas. O combustível era o trabalho realizado pelos animais (burro, cavalo, boi, cachorro), também com origem nos alimentos.

A evolução dos transportes é uma busca do homem por menor trabalho e maior conforto.

Há sempre um gasto de energia na utilização de transportes: seja a queima de alimentos, no trabalho humano ou animal, de combustíveis fósseis, como a gasolina ou o diesel, ou de biomassa, como o álcool.

Apesar de estarmos usando o termo combustível, nem sempre a energia utilizada nos transportes tem origem em uma combustão (queima). 

Nos ônibus elétricos que ainda circulam na cidade de São Paulo, a energia usada é elétrica. Há fios que ligam o ônibus à fonte de energia elétrica. Esses fios são similares àqueles que levam energia elétrica às nossas residências. Essa energia elétrica pode vir de diferentes tipos de fontes.

Se pensarmos nos combustíveis mais utilizados hoje em veículos, temos: gasolina, álcool, diesel e gás natural. 

A gasolina e o diesel são derivados do petróleo e são conhecidos como combustíveis fósseis, já que o petróleo é formado a partir de uma lenta decomposição de plantas e animais. 




Esses combustíveis também são classificados como não-renováveis devido ao fato de sua renovação ocorrer numa escala de tempo de milhões de anos. Ainda que os combustíveis fósseis continuem sendo gerados a partir da decomposição de matéria orgânica, não são suficientes para atender à enorme demanda mundial.


O gás natural, assim como os derivados de petróleo, hoje em dia muito utilizado em geração de energia elétrica nas termelétricas e em alguns meios de transportes, também é um combustível fóssil e não-renovável. 

Contudo, vem ganhando importância no cenário mundial, principalmente por sua menor emissão de gases que provocam o efeito estufa.

O álcool é um biocombustível, já que sua produção vem da cana-de-açúcar, do milho, do trigo ou da beterraba. No Brasil, o mais comum é o uso da cana-de-açúcar para produzir o etanol, o álcool que utilizamos para abastecer alguns automóveis. A Europa usa o trigo e a beterraba; já os EUA usam, principalmente, o milho para a produção do álcool.

Assim como no caso das usinas geradoras de eletricidade, cada um dos combustíveis citados tem vantagens e desvantagens. No caso dos biocombustíveis, por exemplo, uma crítica que se faz se deve à larga utilização de terras para plantações, fazendo com que a área de terras para a plantação de alimentos fique cada vez menor.

Em abril de 2008, Jean Ziegler, relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, afirmou que considera um crime contra a humanidade a produção em massa dos biocombustíveis, por seu impacto nos preços dos alimentos.

Fonte: Caderno do Professor: Ciências, Ensino Fundamental – 8º Ano, Volume 4. São Paulo: SEE, 2009.


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