Quando
se inventou a roda, a ideia era facilitar o transporte de cargas grandes e
pesadas. O deslizar das rodas reduz o trabalho que o homem teria para
transportar essas cargas.
A invenção da roda, de tão importante, ficou em
primeiro lugar no ranking das 100
maiores invenções da história.
O
combustível usado na época da invenção das rodas provinha do próprio trabalho
humano, cuja energia era gerada a partir do alimento que consumia (caça e/ou
vegetais). Ainda tentando facilitar a sua vida, o homem começa a usar animais
para puxar as cargas. O combustível era o trabalho realizado pelos animais
(burro, cavalo, boi, cachorro), também com origem nos alimentos.
A
evolução dos transportes é uma busca do homem por menor trabalho e maior
conforto.
Há
sempre um gasto de energia na utilização de transportes: seja a queima de
alimentos, no trabalho humano ou animal, de combustíveis fósseis, como a
gasolina ou o diesel, ou de biomassa, como o álcool.
Apesar
de estarmos usando o termo combustível, nem sempre a energia utilizada nos
transportes tem origem em uma combustão (queima).
Nos ônibus elétricos que
ainda circulam na cidade de São Paulo, a energia usada é elétrica. Há fios que
ligam o ônibus à fonte de energia elétrica. Esses fios são similares àqueles
que levam energia elétrica às nossas residências. Essa energia elétrica pode
vir de diferentes tipos de fontes.
Se
pensarmos nos combustíveis mais utilizados hoje em veículos, temos: gasolina,
álcool, diesel e gás natural.
A gasolina e o diesel são derivados do petróleo e
são conhecidos como combustíveis fósseis, já que o petróleo é formado a partir
de uma lenta decomposição de plantas e animais.
Esses combustíveis também são
classificados como não-renováveis devido ao fato de sua renovação ocorrer numa
escala de tempo de milhões de anos. Ainda que os combustíveis fósseis continuem
sendo gerados a partir da decomposição de matéria orgânica, não são suficientes
para atender à enorme demanda mundial.
O
gás natural, assim como os derivados de petróleo, hoje em dia muito utilizado
em geração de energia elétrica nas termelétricas e em alguns meios de
transportes, também é um combustível fóssil e não-renovável.
Contudo, vem
ganhando importância no cenário mundial, principalmente por sua menor emissão
de gases que provocam o efeito estufa.
O
álcool é um biocombustível, já que sua produção vem da cana-de-açúcar, do
milho, do trigo ou da beterraba. No Brasil, o mais comum é o uso da
cana-de-açúcar para produzir o etanol, o álcool que utilizamos para abastecer
alguns automóveis. A Europa usa o trigo e a beterraba; já os EUA usam,
principalmente, o milho para a produção do álcool.
Assim
como no caso das usinas geradoras de eletricidade, cada um dos combustíveis
citados tem vantagens e desvantagens. No caso dos biocombustíveis, por exemplo,
uma crítica que se faz se deve à larga utilização de terras para plantações,
fazendo com que a área de terras para a plantação de alimentos fique cada vez
menor.
Em
abril de 2008, Jean Ziegler, relator especial da ONU sobre o direito à
alimentação, afirmou que considera um crime contra a humanidade a produção em
massa dos biocombustíveis, por seu impacto nos preços dos alimentos.
Fonte:
Caderno do Professor: Ciências, Ensino Fundamental – 8º Ano, Volume 4. São
Paulo: SEE, 2009.
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