sábado, 22 de junho de 2013

Doenças do Sistema Imunitário


Rejeição a transplantes: ainda durante a fase embrionária, o sistema imunológico aprende a reconhecer as substâncias que compõem o corpo do indivíduo, de modo a poder, mais tarde, distingui-las de quaisquer outras substâncias estranhas que venham a penetrar no organismo. 

As proteínas do MHC são as principais responsáveis pelas complicações ocorridas em enxertos e transplantes de órgãos entre pessoas. Os linfócitos T matadores reconhecem as proteínas do MHC das células do doador como antígenos e passam a atacar e “rejeitar” o enxerto ou órgão transplantado. 

A reação de rejeição é geralmente resultado do ataque movido pelos linfócitos T citotóxicos do receptor às células transplantadas.

Os médicos procuram atenuar os problemas de rejeição realizando transplantes entre pessoas com o maior grau de semelhança possível com relação às proteínas do MHC, mas uma identidade perfeita só existe mesmo, como já dissemos, entre gêmeos idênticos. Após o transplante o paciente é tratado com drogas que deprimem o sistema imunitário, o que tem a desvantagem de tornar o organismo mais susceptível a infecções.

O sucesso no transplante de órgãos deveria estimular as pessoas a doarem seus órgãos em caso de morte acidental. Essa atitude altruísta pode contribuir para salvar a vida ou diminuir o sofrimento de muitas pessoas.

Auto-imunidade: em certas situações, não se sabe ainda o porquê, uma pessoa passa a produzir anticorpos contra componentes de seu próprio corpo. Esses anticorpos são chamados de auto-anticorpos e o processo de sua produção é chamado de auto-imunidade.

A auto-imunidade é a causa de diversas doenças humanas, das quais a mais conhecida é o lupus eritematoso sistêmico. As pessoas afetadas por lupus eritematoso, geralmente mulheres a partir da meia-idade, apresentam problemas de pele, inflamação das juntas (artrite) e, muitas vezes, sérias complicações renais.

Outras doenças provavelmente causadas por auto-imunidade são a febre reumática, a artrite reumatoide e o diabete juvenil.





Alergia: é uma hipersensibilidade desenvolvida em relação a determinados tipos de substâncias (alergênios) que normalmente não desencadeiam resposta imune. Existem pessoas alérgicas a substâncias presentes em pelos de animais, a pólen de certas plantas, a crustáceos ou moluscos, à penicilina etc.

A reação alérgica pode variar de pessoa para pessoa, dependendo do tipo de alergênio que a provoca. Podem ser inflamação das mucosas, lacrimejamento dos olhos, secreção nasal, vômitos, diarreias, dificuldades de respiração.

Os sintomas das alergias são decorrentes de processos inflamatórios em regiões específicas do corpo. Drogas que inibem a ação da histamina, os chamados anti-histamínicos, aliviam os sintomas da alergia.

Choque anafilático: pode ocorrer quando uma pessoa desenvolve alta sensibilidade alérgica a uma substância específica, como a penicilina ou o veneno de um inseto

Poucos minutos após a substância alergênica ter penetrado no corpo, há uma reação alérgica generalizada: mastócitos liberam histamina, que entra na circulação sanguínea e provoca dilatação abrupta dos vasos periféricos, com queda da pressão arterial. O choque anafilático pode ser tratado pela injeção de epinefrina, uma droga vasoconstritora.

Estresse e imunidade: o esgotamento físico ou mental (o estresse) deprime o sistema imunológico. Pessoas tristes e deprimidas têm, comprovadamente, diminuição de sua atividade imunitária. Por outro lado, quando estamos felizes e descansados, nosso sistema de defesa torna-se mais ativo.

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 1ª edição, 1999.
Fonte: NAPOLEÃO & ODAIR. Seres vivos: funções e relações. São Paulo: Editora IBEP.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Imunização ativa e passiva


Vacinas: os antígenos presentes na vacina desencadeiam, no organismo vacinado, uma resposta imune primária, em que há produção de células de memória. 

Caso o organismo seja novamente invadido pelo microorganismo contra o qual foi imunizado, a resposta à infecção (resposta secundária) será rápida e os invasores serão destruídos antes mesmo de aparecerem os sintomas da doença.

Atualmente as vacinas são preparadas em laboratórios bem aparelhados e contêm microorganismos vivos, porém atenuados (isto é, tratados para se tornar incapazes de causar a doença), ou substâncias isoladas de microorganismos. Centenas de vacinas contra diversos tipos de doença são atualmente produzidas em escala industrial.

As vacinas são extremamente seguras, mas podem apresentar reações adversas que costumam ser leves e transitórias. As mais comuns são dor, inchaço e vermelhidão, além de febre, mal-estar e indisposição.

Soros imunes: certas substâncias tóxicas, tais como toxinas bacterianas ou venenos de cobras e aranhas, têm efeitos fulminantes no organismo, podendo matá-lo antes que ele consiga produzir anticorpos. No organismo atingido por picada de cobra, por exemplo, é preciso inativar o veneno antes que haja tempo de ele atuar. 

O combate ao veneno é feito por meio da injeção de soro; neste caso, uma solução de anticorpos contra veneno de cobras extraídos do sangue de um animal previamente imunizado contra o veneno.

O soro é fabricado da seguinte forma: injeta-se o micróbio da doença ou o veneno geralmente em cavalos; após algum tempo, tira-se o sangue do cavalo e daí se extrai o soro. 

Este soro contém anticorpos ou antitoxinas já fabricados pelo sangue do cavalo, que são submetidos a um processo de purificação antes de ser utilizados. Quando ele é injetado no homem, anula imediatamente a ação dos venenos fabricados pelos micróbios.

A aplicação do soro é eficaz em casos de emergência, mas não confere imunidade permanente, pois a memória imunitária não é estimulada e os anticorpos injetados desaparecem da circulação em poucos dias. 

Além disso, o organismo imunizado com soro reconhece os próprios anticorpos imunizantes como substâncias estranhas e passa a produzir anticorpos específicos contra eles. Por isso deve-se evitar tomar o mesmo soro duas vezes, pois uma segunda injeção pode desencadear a reação imune contra o próprio soro, com prejuízos à saúde.

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 1ª edição, 1999.
Fonte: NAPOLEÃO & ODAIR. Seres vivos: funções e relações. São Paulo: Editora IBEP.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Órgãos do Sistema Imunitário


Tanto os linfócitos T quanto os B são produzidos na medula óssea

Ainda durante a vida embrionária do animal, os linfócitos T migram para o timo, um órgão situado sobre o coração, onde amadurecem. 

Já os linfócitos B amadurecem na própria medula óssea. 

Por constituírem os principais locais de formação e amadurecimento dos linfócitos, a medula óssea e o timo costumam ser denominados órgãos imunológicos primários.

Órgãos secundários

Uma vez formados, tanto os linfócitos T quanto os B migram para órgãos imunológicos secundários, que são os gânglios linfáticos e o baço, onde permanecem até que sejam ativados pela presença de invasores do corpo.

Gânglios linfáticos: são estruturas globosas localizadas ao longo dos vasos linfáticos. Os gânglios contêm aglomerados de glóbulos brancos, os nódulos linfáticos ou linfonodos. Ao passar pelos gânglios linfáticos, a linfa circula por finos canais, onde há fagócitos e linfócitos que identificam e destroem substâncias e corpos estranhos. 

Quando há infecção, os gânglios linfáticos localizados nas proximidades do local infeccionado tornam-se inchados e doloridos devido à proliferação de glóbulos brancos.

Adenóides e amígdalas: são órgãos linfáticos especiais, localizados estrategicamente na entrada das vias respiratórias e do tubo digestório, de modo a barrar o ingresso de microorganismos invasores.

Os gânglios linfáticos do pescoço, das axilas e das virilhas filtram a linfa que vem das extremidades do corpo. Qualquer corpo estranho presente na linfa é capturado e identificado pelos glóbulos brancos, que passam a se mobilizar para combatê-lo. 

Existem, ainda, muitos gânglios linfáticos na parede do intestino, cuja função é reter e destruir substâncias potencialmente tóxicas que penetram junto com os alimentos, ou que são produzidas pelas bactérias que vivem no trato intestinal.

Baço: é um órgão localizado do lado esquerdo do abdômen, sob as últimas costelas, e tem diversas funções. Entre elas, as principais são: armazenamento de leucócitos (linfócitos e monócitos); filtração do sangue para a remoção de microorganismos, substâncias estranhas e resíduos celulares; destruição de hemácias envelhecidas, transformando a hemoglobina nelas contida em bilirrubina, que é lançada na circulação, sendo posteriormente removida pelo fígado. 

Além disso, armazena hemácias, lançando-as na corrente sanguínea em momentos de necessidade, como em um esforço físico intenso, por exemplo.

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 1ª edição, 1999.
Fonte: NAPOLEÃO & ODAIR. Seres vivos: funções e relações. São Paulo: Editora IBEP.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Sistema Imunitário


O sistema imunitário, também chamado de sistema imunológico, é constituído por certos tipos de leucócitos, principalmente linfócitos, e pelos órgãos onde ocorrem a formação, a maturação e a multiplicação desses leucócitos.

Alguns glóbulos brancos combatem diretamente os invasores, enquanto outros os atacam à distância por meio dos anticorpos que produzem.

Os glóbulos brancos que combatem os agentes invasores são assessorados por células mensageiras, que coletam e distribuem informações sobre a invasão. Existem, ainda, pelotões de células de comando, que identificam o inimigo e decidem que tipo de arma deve ser utilizado.

Durante toda a vida do animal, o sistema imunológico combate incansavelmente os mais diversos tipos de invasores. Falhas nesse sistema de defesa podem ter consequências graves, pois muitos microorganismos causam doenças se não forem rapidamente eliminados do corpo.

Células do sistema imunológico

Macrófagos: além de combater diretamente os invasores, alertam outros componentes do sistema imunológico de que há uma invasão em curso.

Linfócitos T auxiliadores: identificam as substâncias estranhas expostas na superfície dos macrófagos e dão o alarme por meio da liberação de determinadas proteínas.

Linfócitos T matadores: reconhecem células anormais, como as infectadas por vírus, matando-as rapidamente através do ataque direto.

Linfócitos B: combatem invasores à distância por meio dos anticorpos que produzem.

Anticorpos são proteínas produzidas em resposta à presença de substâncias estranhas no organismo. Sua forma molecular espacial lembra uma letra Y.

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 1ª edição, 1999.
Fonte: NAPOLEÃO & ODAIR. Seres vivos: funções e relações. São Paulo: Editora IBEP.