sábado, 25 de maio de 2013

Problemas do sistema urinário



Os distúrbios renais são ocasionados por infecções, lesões, tumores, formação de pedras (cálculos renais), paralisia, problemas cardiovasculares, envenenamento por substâncias químicas como mercúrio (Hg) e tetracloreto de carbono (CCl4) etc.

Uma das doenças renais mais comuns é a glomerulonefrite, em que há lesões dos glomérulos renais, com grave prejuízo da função dos rins. Uma das causas é a destruição dos glomérulos pelo próprio sistema de defesa do corpo, o sistema imunitário. 

Por motivos ainda não totalmente conhecidos, alguns glóbulos brancos do sangue passam a produzir anticorpos que atacam os glomérulos renais. Uma vez que o próprio sistema imunitário volta-se contra o organismo, fala-se que esse tipo de glomerulonefrite é uma doença autoimune. 

Em casos graves, pode levar à progressiva perda das funções renais, tornando necessário fazer hemodiálise ou um transplante renal.


Cálculos renais: conhecidos popularmente como pedras nos rins, são pequenos grãos, formados, em sua maioria, por sais de cálcio, que se alojam nos rins ou em outras partes do sistema urinário e causam dores muito fortes (as cólicas renais). 

São removidos por cirurgias ou quebrados com ondas de choque (litotripsia) para que possam ser eliminados pelo organismo.

O sistema urinário também pode ser atacado por germes, que provocam nefrite (infecção nos rins), uretrite (na uretra) ou cistite (na bexiga).


Se as funções renais estiverem muito prejudicadas, pode ser necessário recorrer à hemodiálise. O sangue do paciente circula por um rim artificial, no qual há tubos com membranas mergulhados em um líquido que contém glicose, sais minerais e outras substâncias que, geralmente, estão presentes no sangue. 

As membranas deixam passar as excretas do sangue e impedem a saída dos glóbulos e das proteínas. Como o líquido possui (na mesma concentração que o sangue) glicose, sais e outras substâncias necessárias ao organismo, apenas a ureia, o excesso de sais e outros produtos com concentrações anormais saem do sangue. Esse processo precisa ser feito, em média, três vezes por semana para manter o paciente saudável. Em alguns casos, é necessário o transplante de rim.

O transplante renal pode ser obtido por um doador morto ou vivo. É necessário certa compatibilidade entre os sistemas imunitários do doador e do receptor, para tentar evitar a rejeição do rim implantado. 

Mesmo assim, o receptor de um transplante tem de tomar permanentemente medicamentos para reduzir parcialmente a ação de seu sistema imunitário, evitando a rejeição. Só não há rejeição quando o transplante é feito entre gêmeos univitelinos (idênticos).

Fonte: GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências – Nosso Corpo. São Paulo: Editora Ática, 2013.
Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.

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