terça-feira, 30 de abril de 2013

Sistema respiratório



Respiração celular: É um processo que ocorre no interior das mitocôndrias.

As substâncias orgânicas reagem com gás oxigênio, liberando energia para os processos vitais. Os produtos da respiração celular são água e gás carbônico. A água é reutilizada pela célula, mas o gás carbônico não tem utilidade para o organismo e é eliminado no sangue.

Ao mesmo tempo que o sangue é abastecido de gás oxigênio nos pulmões, o gás carbônico difunde-se para o sangue e é eliminado do corpo no ar expirado.

Respiração pulmonar: É o conjunto de processos de trocas gasosas entre o ar atmosférico e o sangue que ocorre nos pulmões.

Órgãos do sistema respiratório

Cavidades nasais: são dois condutos paralelos que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. No teto das cavidades nasais há células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato.

As células epiteliais produzem muco que serve para umedecer as vias respiratórias e reter partículas sólidas e bactérias presentes no ar que inspiramos, funcionando como um filtro. Além de filtrar e umedecer, as cavidades nasais servem para aquecer.

Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório, pois se comunica com a boca e as fossas nasais e também com a laringe e o esôfago.

Laringe: se comunica com a faringe através de um orifício denominado glote. 

Acima da glote, encontra-se a epiglote que funciona como válvula, fechando a glote durante a deglutição dos alimentos, impedindo que partículas entrem nas vias respiratórias. No revestimento interno da laringe existem membranas elásticas chamadas cordas vocais, que vibram durante a passagem de ar, produzindo os sons.

Traquéia: possui aproximadamente 2 cm de diâmetro e 10 de comprimento. Suas paredes possuem anéis cartilaginosos rígidos que facilitam a circulação do ar.

Pulmões: são constituídos pelos brônquios, bronquíolos e alvéolos.

Brônquios: são dois tubos que penetram nos pulmões e sofrem diversas ramificações, formando os bronquíolos.

Bronquíolos: apresentam em suas extremidades, um grupo de pequenas bolsas chamadas alvéolos pulmonares.

A traquéia, os brônquios e os bronquíolos são revestidos internamente por um epitélio ciliado, rico em células produtoras de muco. Partículas de poeira e bactérias aderem ao muco e são varridas em direção à garganta pelo batimento dos cílios. Ao chegar à faringe, o muco e as partículas aderidas são engolidas e vão para o tubo digestório, onde são digeridos e eliminados.

Alvéolos pulmonares: são recobertos por capilares sanguíneos, nos quais o sangue circula muito perto do ar que penetra nos alvéolos.

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.
Fonte: ADOLFO & CROZETA & LAGO. Biologia : Coleção Vitória Régia, Volume Único. São Paulo: IBEP, 2005.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Cuidados com a saúde do sistema digestório



Nosso sistema digestório é requisitado a entrar em ação várias vezes ao dia, a cada refeição que fazemos. Por ser tão exigido, é de esperar que o sistema digestório seja um dos que apresentam o maior índice de perturbações e de doenças. Uma das principais medidas é manter uma alimentação correta e saudável.

Deve-se dar preferência a alimentos frescos e naturais, evitando os industrializados (como enlatados).

Verduras, legumes e frutas devem ser lavados cuidadosamente antes de consumidos, para eliminar resíduos de pesticidas e adubos usados na lavoura e eventuais microrganismos patogênicos.

Deve-se evitar a ingestão de alimentos gordurosos, principalmente os de origem animal (carnes gordas de porco e de boi, toucinhos, torresmos, baicon).

Em vez de cozinhar com banha, deve-se dar preferência a óleos vegetais, que não contêm colesterol.

Deve-se procurar seguir uma dieta balanceada, com cerca de 60% ou mais, reservados aos alimentos à base de cereais, grãos, legumes, verduras e frutas.

A ingestão de bebidas alcoólicas deve ser evitada, pois causa irritações nas superfícies internas do estômago e do intestino, além de danos ao fígado e ao sistema nervoso.

Observe atentamente como seu organismo reage a diferentes tipos de alimento e utilize esses conhecimentos para escolher a dieta mais favorável às suas necessidades. Se tiver oportunidade, consulte um nutricionista.

Doenças como gastrites e úlceras, podem ser fortemente influenciadas pelo sistema nervoso. Estresse emocional causado por nervosismo, ansiedade e depressão pode contribuir para originar diversas alterações das funções digestórias. 

Manter-se tranquilo e calmo, principalmente no momento das refeições, ajuda a conservar as funções normais.

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.

sábado, 6 de abril de 2013

Doenças e distúrbios do sistema digestório


Cáries: Certas bactérias que vivem na boca humana alimentam-se dos restos de comida que ficam entre os dentes. Na presença de açúcar, essas bactérias multiplicam-se rapidamente, aderindo aos dentes e formando as chamadas placas bacterianas. As bactérias das placas produzem ácidos que corroem o esmalte dental, causando cáries.

Infecções intestinais: Os alimentos e a água que ingerimos podem estar contaminados com vírus, bactérias ou protozoários patogênicos. Apesar de a saliva conter substâncias bactericidas e de o suco gástrico destruir a maior parte dos microrganismos ingeridos, alguns deles podem sobreviver e se multiplicar no sistema digestório, originando infecções intestinais.

Vômito: Quando comemos ou bebemos demais, ou quando a comida está deteriorada, nosso sistema nervoso desencadeia uma operação de emergência que é o vômito. Contrações violentas da musculatura abdominal e do estômago fazem o conteúdo estomacal subir pelo esôfago e sair pela boca. O gosto ácido, característico do vômito, deve-se ao suco gástrico que está misturado com o alimento.

Diarreia: É caracterizada por defecações frequentes, provocadas pelo aumento dos movimentos peristálticos intestinais.  Ocorre pela ingestão de alimento deteriorado, nervosismo ou alergia a certos tipos de substâncias alimentares. Apesar de ser um processo de defesa do corpo, a diarreia leva à perda de água e sais minerais, com consequente desidratação.

Prisão de ventre ou constipação intestinal: Os movimentos peristálticos ficam diminuídos. O trânsito intestinal mais lento leva a um ressecamento progressivo da massa fecal, dificultando a defecação. A causa mais frequente desse distúrbio é a alimentação inadequada, com poucas fibras vegetais.

Úlceras pépticas: Podem ser decorrentes da produção excessiva de ácido clorídrico pelo estômago, o que é comum em pessoas emocionalmente estressadas. Pode acontecer por uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de medicamentos, como o ácido acetilsalicílico.

A bactéria Helicobacter pylori também pode ocasionar a úlcera. Ocorrem principalmente no duodeno, no estômago e, eventualmente, na porção inferior do esôfago.

A úlcera pode perfurar a parede do tubo digestório e levar à morte. Pode ser tratada com medicamentos que diminuem a acidez estomacal e facilitam a cicatrização. No caso de áreas ulceradas muito extensas, pode ser necessária a remoção cirúrgica da parte lesada.

Apendicite: Restos de alimentos e bactérias podem ficar retidos na cavidade interna do apêndice vermiforme, levando à sua inflamação. Provoca dores abdominais intensas. O apêndice pode eventualmente se romper e causar peritonite. O tratamento da apendicite é feito pela remoção cirúrgica do apêndice inflamado.

Câncer intestinal: O câncer do intestino grosso é um dos mais comuns dos países industrializados. Tudo indica que seja pela dieta pobre em fibras e ricas em aditivos alimentares industrializados. A falta de fibras determina um peristaltismo mais lento, levando a mucosa intestinal a permanecer mais tempo em contato com eventuais substâncias cancerígenas presentes nos alimentos.

Pancreatite: Em situações anormais, o pâncreas retém suco pancreático, cujas enzimas podem causar lesões e uma inflamação, muitas vezes fatal. Uma das principais causas de pancreatite é o alcoolismo.

Cálculos vesiculares: Um dos constituintes da bile é o colesterol, substância insolúvel em água, mas que, combinada aos sais biliares, forma pequenos agregados solúveis. Em certas condições, o colesterol pode tornar-se insolúvel, formando pequenos grãos no interior da vesícula biliar, os cálculos vesiculares ou cálculos biliares, popularmente conhecidos como pedras na vesícula.

As pedras podem ser removidas cirurgicamente, e, em alguns casos há a necessidade de remoção de toda a vesícula biliar.

A concentração de colesterol na bile depende da quantidade de lipídios na dieta. Por isso, pessoas que se alimentam de comida muito gordurosa têm maior risco de desenvolver cálculos na vesícula biliar.

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. São Paulo: Editora Moderna, 2010.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Digestão e o estado dos dentes



A digestão dos alimentos começa com uma boa mastigação, que depende do estado dos dentes. Estes têm por função cortar e triturar os alimentos, facilitando, assim, o trabalho dos sucos digestivos. Para isso, os dentes devem estar inteiros e saudáveis.

Os dentes

Os dentes são os órgãos da mastigação dos alimentos. Este trabalho começa com os incisivos, dentes frontais com extremidades afiadas, que servem para morder e cortar pedaços dos alimentos. Os caninos, dentes pontudos localizados ao lado dos incisivos, agarram e rasgam os alimentos. E os molares e pré-molares, de formato largo e mais achatado, completam o serviço, triturando e mastigando o alimento até formar uma pasta que, misturada à saliva, fica pronta para ser engolida.

Um dente é formado de coroa e raiz. A coroa acha-se acima da gengiva e a raiz abaixo, encaixada em uma cavidade do osso. O limite entre a coroa e a raiz é denominado colo.

O dente é formado por material duro, impregnado de sais de cálcio, a dentina, revestida por um material mais duro ainda, o esmalte. No interior do dente, encontra-se a polpa, repleta de vasos sanguíneos e nervos.

As raízes dos dentes são presas as suas bases na mandíbula e no maxilar com cemento, um tipo de cola.

Problemas que atingem os dentes

A boca é um bom ambiente para as bactérias porque ali se alimentam de restos de comida e produzem detritos, como alguns ácidos. Em dentes mal-escovados, as bactérias mortas, os detritos, os restos de comida e a saliva formam uma camada rígida, conhecida como placa bacteriana.

A formação da placa bacteriana é a causa mais comum da cárie. Isso acontece porque enzimas produzidas pelas bactérias degradam os polissacarídeos e ácido lático, que dissolve o esmalte e posteriormente a dentina, formando uma cavidade no dente. 

Quando a cárie atinge a polpa, começa a dor no dente, porque ela é inervada. Atingindo a polpa, a cárie abre caminho para as bactérias, e um abscesso com pus pode se formar na raiz do dente. Dali a infecção tem possibilidade de se espalhar para outros pontos do organismo, pela corrente sanguínea.

Prevenção das cáries

Os alimentos açucarados devem ser evitados, principalmente entre as refeições, pois facilitam a formação da placa bacteriana.

A higiene bucal consiste no uso do fio dental e na escovação, após as refeições. O fio dental deve ser passado entre os dentes para remover os resíduos acumulados nos espaços interdentários. A escovação deve ser feita com uma escova de dentes e um dentifrício.

O dentista deve ser visitado regularmente para que qualquer início de cárie possa ser detectado. De preferência, de seis em seis meses.

Mau hálito

O mau hálito pode não ser um sinal de falta de higiene bucal. Pode ser causado por problemas no fígado, no pâncreas e nos rins. As pessoas com problemas hepáticos, por exemplo, têm um hálito com cheiro de peixe; as que sofrem dos rins ou têm úlcera gástrica exalam um cheiro semelhante ao da urina; já o portador de diabetes descontrolado revela um hálito com cheiro parecido com o da acetona.


O mau hálito é consequência do nível de concentração das substâncias liberadas no curso da doença.

Fonte: GOWDAK & MARTINS. Ciências Natureza e Vida. São Paulo: Editora FTD, 2001.